Antes de tudo, preciso confessar: fui à igreja pela primeira vez apenas por curiosidade. Um casal de amigos falava maravilhas daquela igreja em Salvador-BA, e eu queria conhecer. Não estava em crise financeira, não tinha problemas no casamento e, aparentemente, nada me “forçava” a buscar Deus. Eu apenas decidi ir.
Lembro como se fosse hoje. Entrei em um prédio enorme, cheio de gente, luzes e estrutura impecável. Fiquei impressionada com o tamanho, a organização e até com as câmeras que transmitiam tudo ao vivo. Minha mente analítica não parava: contei três câmeras fixas, quatro móveis, caixas de som estrategicamente posicionadas. Tudo aquilo parecia um grande espetáculo.
Naquele tempo, eu chamava os louvores de “músicas”, o altar de “palco” e as ministrações de “palestras”. As pessoas ao meu redor estavam de pé, algumas chorando, outras ajoelhadas, e aquilo me parecia persuasivo demais. Pensei: “é tudo planejado para sensibilizar os fiéis”.
Depois de cerca de 30 minutos de músicas — o que, na época, considerei tempo demais — começaram as chamadas “palestras”. A primeira foi sobre ofertas. E lá estava eu, cética, pensando: “ah, agora entendi, a música foi para deixar todos mais emocionados”.
Ouvi cada palavra com a mente fria e analítica. Era como se travasse uma batalha interna: de um lado, o coração sendo tocado; do outro, a razão tentando resistir.
Foi aqui que tudo começou a mudar
Foi então que chegou a pregação principal. O tema? Circuncisão.
Minha primeira reação foi pensar: “isso não tem nada a ver comigo”. Mas, para minha surpresa, a pregadora trouxe o assunto com tanta clareza histórica, com tanta profundidade, que algo começou a se mover dentro de mim. Pela primeira vez, baixei a guarda. Escutei sem resistência. Eu estava aprendendo — e, sem perceber, meu coração começava a se abrir.
A mensagem foi construída com fatos históricos, análises e aplicações práticas para os dias atuais. Parecia que aquela palavra tinha sido feita especialmente para mim.
No fim do culto, chamaram à frente todos os visitantes. Levantei com minha família e fomos. Houve uma oração, e então nos apresentaram como parte de uma “nova família”: a igreja. As palmas ecoaram, e logo pastores da primeira fila vieram nos abraçar. Para mim, que nunca fui muito de contato físico, aquilo foi desconfortável. Pessoas que eu não conhecia queriam abraçar a mim e às minhas filhas. Apertei as meninas contra o meu corpo, desconfiada, torcendo para aquele momento acabar logo.
Em seguida, fomos conduzidos a uma sala onde preenchemos nossos dados pessoais. Ali descobri a existência das chamadas células: pequenos grupos liderados por alguém que acompanhava outros discípulos.
Na saída, meus amigos (que atualmente são os padrinhos das minhas filhas) me perguntaram o que eu tinha achado. Minha resposta foi curta, formal e sem emoção:
— “Foi legal.”
No domingo seguinte, meu esposo me perguntou:
— “Você quer voltar à igreja?”
E a minha resposta foi simples e direta:
— “Mal não está fazendo, então vamos.”
Aquela decisão aparentemente pequena se tornou o início da maior transformação da minha vida.
Como Deus transformou um mulher de analítica a discípula?
Não foi na primeira ida à igreja que a transformação aconteceu. Mas foi ali que a semente foi plantada. Uma mensagem marcou meu coração de tal forma que, até hoje, continua ecoando dentro de mim.
Foi naquele dia — 19 de maio de 2024 — que tudo começou. Um dia memorável, que ficou gravado para sempre na minha história.
Deus pegou uma mulher analítica, racional e orgulhosa e, com Seu amor, transformou completamente a sua vida. Hoje, vivo para glorificar Jesus em cada detalhe da minha caminhada.
Se você chegou até aqui, não é por acaso. É porque, de alguma forma, Deus também está falando com você.
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